Por Bianca Ogliari e Guilherme Krauss
A vontade de se desenvolver e dar o melhor de si no ambiente de trabalho, além de criar relações mutuamente satisfatórias, pode resultar na perspectiva de felicidade no ambiente profissional. Atitudes positivas perante a vida e o conhecimento dos nossos próprios pontos fracos e fortes nos ajudam a alcançar essa felicidade e a chegar ao nosso bem-estar.
A felicidade no trabalho é um assunto que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo das empresas. Além de característica fundamental para o desenvolvimento, a felicidade profissional individual resulta na felicidade coletiva da empresa. Desafios constantes, sentimento de utilidade, reconhecimento e respeito entre os colegas de trabalho, perspectivas e segurança são alguns dos fatores que geram resultados positivos em uma empresa.
Esses fatores, porém, não são estanques, uma vez que a carreira do profissional, assim como o mercado de trabalho, está em constante mutação juntamente com a felicidade; esta por sua vez é uma busca diária do ser humano e muitas vezes, vista como inatingível. Entusiasmo, interesse e contentamento fortalecem a segurança do profissional – empresas bem-sucedidas têm colaboradores felizes e mais engajados, leais e criativos. Assim, a felicidade pode influenciar na produtividade e na qualidade de engajamento no trabalho. Uma pesquisa publicada no Journal Of Applied Psychology mostra que os colaboradores com altos níveis de satisfação no trabalho são mais propensos a ajudar os outros e são mais cooperativos e felizes com o resultado de suas atividades.
Um outro estudo, realizado pela Net Impact-Rutgers University, mostra que 88% dos funcionários acreditam que, além de importante, é imprescindível ter felicidade no trabalho aliado a uma atmosfera positiva na vida pessoal. A Microsoft e Toyota, por exemplo, introduzem técnicas para gerar o flow no ambiente profissional para o aumento dos níveis de prazer, felicidade e bem-estar. Apesar de todos os fatores já comprovados em estudos sobre o tema, ainda existem muitas empresas que veem a felicidade no trabalho como algo intangível, ou um investimento a ser postergado. Mas vale lembrar que postergar o bem-estar dos funcionários pode implicar na perda de rendimento para a empresa.
Pessoas felizes tendem a ser mais produtivas e permanecer mais tempo na empresa, o que reduz os custos de recrutamento e adaptação. E, se você quer ser feliz na vida e no trabalho, vale lembrar que ações que busquem incentivar a felicidade no trabalho são tão importantes quanto características que visam a felicidade na vida pessoal. O profissional só alcançará a felicidade no trabalho quando ele souber priorizar a qualidade de vida.
*Bianca Ogliari e Guilherme Krauss são profissionais da Humans at Work (www.humansatwork.com.br), consultoria especializada no ser humano dentro da organização.
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